Alguns países europeus, no entanto, tentam andar na contramão dos dependentes do nuclear. A Alemanha vem se esforçando, desde 2002, para reduzir a exploração nuclear, porém ainda não conseguiu encontrar uma energia capaz de alimentar o consumo necessário em usinas ou trens, obrigando o governo do país recuar na decisão de abandonar definitivamente as centrais nucleares até 2020. O problema é que as energias renováveis, como a eólica ou a solar, não seriam poderosas o suficiente para alimentar grandes estruturas, embora consigam suprir a demanda residências ou até de pequenas cidades, por exemplo.
Caminho semelhante cursou a Espanha, que, sob o comando do socialista José Luiz Zapatero, havia um plano de abolir a exploração do urânio. Mas, como os alemães, os espanhois também se viram sem alternativas e voltaram a investir nos reatores nucleares. Zapatero prometeu promover um estudo sobre os riscos sísmicos e de inundações nas seis centrais do país.
Já a Áustria se destaca como o país que, por referendo popular, recusou esta opção energética. Os austríacos, aliás, são antigos defensores da abolição da exploração nuclear: desde 1979, o país não apenas renunciou abrigar centrais como trava uma briga eterna com seus vizinhos do leste europeu para que suas instalações não se aproximem do exíguo território austríaco. A última polêmica refere-se à expansão da central eslovena de Mochovce, a 160 km de Viena. Em 1999, uma lei proibindo a utilização de energia nuclear na Áustria foi adicionada à Constituição.
"Esta catástrofe deve despertar uma ampla discussão sobre a utilização da energia nuclear, não somente na Europa como no mundo inteiro", defendeu o chanceler austríaco, Werner Faymann.
Fonte: TERRA
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