quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Caso Natalia - Parte 2

No Domingo o Assis do Banco do Brasil e o Gustavo da funerária, que são meus amigos há muito tempo, foram falar com alguns comerciantes da cidade, para ver se eles poderiam fazer alguma coisa pela família, se podiam ajudar com alguma quantia em dinheiro e que na Segunda-feira eles devolveriam o que eles haviam ajudado. Eles ainda arrecadaram 20.000 cruzeiros. Eles na época me deram muita força, sou muito grato a esses meus dois AMIGOS, só que um comerciante que foi procurado e que não quero citar o nome, mas é do ramo de confecções, na época bem abastado como o ainda é atualmente, e era muito amigo da família; principalmente da família de minha esposa, e que sempre frequentava a casa do Alcy avô materno de minha filha quase que diariamente, como disse, ele era muito próximo da família, o Assis foi lá pedir para ele dar uma ajuda, eles o procuraram e falaram pessoalmente com esse comerciante, sabem o que ele falou? "Que estva sem dinheiro! pois, não tinha vendido nada no final de semana", talvez até possa ser verdade, mas não acredito, pois era e é um dos comércios que mais vende na cidade até aos dias de hoje. Depois do caso ele ficou outra pessoa, mudou até ficou mais distante da família, talvez sentiu que não deveria ter agido de tal forma, pois era muito próximo da família da Verônica e não a ajudou em uma situação como aquela, mas Deus que o jugue, quem sou eu pra julgar, perdou-o.

Quando foi por volta de oito horas da manhã de Domingo, liguei para o meu irmão Walfran que é Policial Federal e que na época estava morando e trabalhando em Brasilia-DF. Contei o que estava acontecendo e o que ele me falou mim deixou mais apreensivo ainda; ele disse: "Zezinho se for pessoas amadoras vamos pedir a Deus que a Natalia esteja viva, pois geralmente, sempre os amadores matam suas vítimas, eles se apavoram e com medo de serem descobertos pela vítima, a matam"; aí foi que me apavorei mais ainda, quem já não estava suportando tanto sofrimento, aí foi que aumentou ainda mais a minha angústia.

Recordo-me que no Domingo por volta das 6hs da manhã entrou na residência do Alcy, o Ferreira pai da Vânia, a sua esposa, a esposa do Murilo Câmara que na época disputava com o Manuel Siqueira da Empesca a Prefeitura de Camocim, a esposa do depultado Francisco Aguiar, e outas mulheres que não me recordo. Uma delas falou pra gente não se preoculpar, que tinham ido na casa de uma senhora que "faz trabalho" e ela falou que a menina está bem, "e tenham todos muita fé em Deus" que a Natalia vai voltar pro seus pais. Essa conversa me deixou bastante confuso, pois eu já tinha ouvido isso, essa mesma frase eu tinha ouvido da boca da Vânia por duas vezes anteriormente.

E cada vez mais a minha angústia aumentava, era doloroso demais, era como se uma pessoa tivesse retirado um órgão meu sem anestesia, comparando todo aquele sofrimento que eu sentia.

Continua...

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