O projeto de lei que versa sobre a polêmica de educar crianças sem palmadas foi destaque nestas últimas semanas em audiências públicas, na Câmara dos Deputados. A previsão é que ele seja votado em dezembro
A discussão invadiu os lares brasileiros, principalmente, quando um projeto de lei (PL), que ficou conhecido como Lei da Palmada, começou a tramitar no Congresso Nacional por encaminhamento do então presidente Lula, em julho de 2010. A questão é polêmica e põe em xeque a educação dada por pais, educadores e responsáveis. A palmada é dispensável? Especialistas acreditam que sim.
Nestas últimas semanas, o PL 7672/2010 voltou às pautas de discussões por audiências públicas realizadas em Brasília, com representantes da sociedade civil, especialistas e Governo. A dúvida sobre a temática ainda paira sobre pais que resistem à ideia de educar apenas pelo diálogo.
“O pai não pode nem falar mais alto que já vai ser preso, é isso? Acho que, se for aprovado, esse projeto, de uma certa forma, vai entrar na minha casa e interferir na educação que eu dou para os meus filhos”, acredita o técnico em informática Fábio de Castro Monteiro, pai de dois filhos. “Não vou dizer que nunca dei umas palmadas. Às vezes, você perde a cabeça, mas sei que não é certo”, diz a dona de casa Mariza Albuquerque, mãe de três filhos.
Ana Paula Rodrigues é coordenadora do programa de atendimento integrado da Fundação Xuxa Meneguel, que representa a secretaria executiva da campanha nacional “Não bata. Eduque”. Segundo ela, o grande objetivo não é prender os pais porque bateram nas crianças, porque xingaram ou porque submeteram os filhos a castigos de tratamento cruel e degradante. Muito menos, interferir na autoridade deles dentro de casa. Ela explica que, se virar lei, o projeto pretende ser um auxílio a mais para ajudar os pais a educar melhor os filhos.
“Não se quer prender ninguém nem disseminar a ideia de que os pais estão sendo vigiados dentro de casa. Queremos a consciência da educação pelo diálogo, advertir os pais, chamar para conversar”, esclarece. A superintendente do Instituto da Infância (Ifan), em Fortaleza, Luzia Torres Gerosa Laffite, acrescenta que é pelo diálogo que as crianças precisam aprender a resolver os conflitos. E o exemplo precisa partir de dentro de casa. “Se no relacionamento com os pais, elas entendem que é batendo que se resolve um problema, é assim que elas vão agir. Na escola, se o colega desagrada, elas batem. Esse é o exemplo dos pais”, justifica.
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Fonte: O Povo Online
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